Com a queda de alguns prospectos valiosos no board, confira quem se deu bem e garantiu os 5 maiores 'steals' no NBA Draft deste ano
O NBA Draft 2025, assim como em todos anos, proporcionou sua boa dose de ‘steals’ ao longo de dois dias. De fato, o evento teve seus holofotes voltados para Cooper Flagg e Dylan Harper, mas quem prestou atenção mais de perto notou algo além do óbvio. Por trás dos nomes mais badalados, surgiram escolhas de altíssimo valor – aquelas que, mesmo fora do top 10, têm tudo para render muito mais do que se espera.
A primeira rodada ofereceu diversas oportunidades para franquias inteligentes apostarem em encaixes certeiros, potencial escondido e se aproveitarem de quedas no board. Alguns, saíram como perdedores, enquanto outros, como grandes vencedores. Dessa forma, times como o Heat, Grizzlies e o atual campeão Thunder, por exemplo, saíram com verdadeiros ‘roubos’ em suas respectivas classes.
Portanto, sem mais delongas, o The Playoffs traz aqui os cinco principais “steals” do NBA Draft em 2025, confira abaixo!
Primeiramente, quando o Heat selecionou Jakucionis, muita gente levantou a sobrancelha – e depois entendeu a jogada. O excelente armador lituano brilhou em Illinois e é visto por muitos como um talento de loteria. Porém, conforme o andar do primeiro dia do Draft, ele começou a cair no board. Então, Miami se aproveitou do momento e selecionou aquele que tem tudo para ser um dos melhores armadores desta classe – com números na temporada que apenas Cooper Flagg foi capaz de também ter.
Com excelente leitura de jogo, controle em pick-and-roll e uma base sólida em fundamentos europeus, Jakucionis chega ao lugar certo. Em Miami, sob Erik Spoelstra, ele tem tudo para se transformar rapidamente em uma peça valiosa da rotação, principalmente com sua elevada intensidade e leitura de jogo refinada.
Vale destacar também que o Heat é especialista em lapidar talentos que outros times negligenciam. Nesse cenário, Jakucionis terá não apenas o suporte técnico ideal, mas também um ambiente competitivo que valoriza jogadores intensos e versáteis. Assim, sua evolução poderá ser acelerada de forma surpreendente.
Antes mesmo do NBA Draft, a história de Cedric Coward já parecia um roteiro cinematográfico. Saindo da obscura Universidade de Willamette, na terceira divisão do College, ele chegou a Washington State, onde, gradativamente, subiu por toda a temporada no conceito dos olheiros. Dono de excelente envergadura e capacidade atlética, ele é visto como um grande defensor, capaz de se encaixar imediatamente na rotação dos Grizzlies.
Memphis, por outro lado, trocou duas escolhas de primeira rodada para pegá-lo, e analistas acreditam que ele tinha talento para ser uma escolha top 10 neste Draft. Com uma mistura rara de versatilidade ofensiva, inteligência tática e entrega defensiva, Coward pode ter sido o maior ‘achado’ de todo o evento.
Além disso, ele chega a um elenco que valoriza o esforço e a mentalidade coletiva. Sob a orientação de uma comissão técnica focada no desenvolvimento, Coward pode ter tempo e espaço para florescer sem a pressão imediata por resultados. Portanto, sua curva de crescimento tende a ser uma das mais interessantes a se acompanhar e ele, sem dúvidas, tem tudo para ser um dos rookies de maior destaque na temporada.
Poucos jogadores da classe apresentaram, com apenas 19 anos de idade, a combinação estatística de Thomas Sorber. Como calouro em Georgetown, ele registrou números que só o lendário Chris Webber, em Michigan nos anos 90, havia alcançado antes em alto nível universitário.
Com cerca de 14 pontos, oito rebotes, duas assistências, dois tocos e 1,5 roubo por jogo, Sorber mostra impacto em todos os setores. Dessa forma, com explosão física, ótima leitura defensiva e jogo de garrafão competente no ataque, o pivô chega como substituto natural de Isaiah Hartenstein em um futuro breve.
Ainda mais impressionante é seu entendimento de jogo para alguém da sua idade. Sorber não força jogadas, distribui a bola com inteligência e protege o aro como veterano. Sendo assim, sua presença em quadra tende a elevar ainda mais o nível coletivo do Thunder. Com espaço para crescer no atual campeão da NBA, o jovem atleta tem tudo para se tornar uma peça-chave no elenco de OKC.
Filho do ex-NBA Jason Richardson, Jase chega ao Magic com pedigree, mas, mais importante, com qualidade de jogo. Em sua temporada de calouro em Michigan State, ele se destacou como arremessador de elite (41% de três pontos). Além disso, ele mostra criatividade o suficiente para atuar como um armador secundário, embora seu foco esteja mesmo na movimentação de perímetro e pontuação.
Seu encaixe em Orlando é perfeito: um time jovem que precisa de espaçamento e maturidade nos dois lados da quadra. A longo prazo, Richardson pode render muito mais do que a 25ª escolha costuma oferecer. Da mesma forma, com o retorno de Jalen Suggs, ele pode se encaixar perfeitamente ao seu lado e do recém-chegado Desmond Bane na ala.
Adicionalmente, o Magic é conhecido por dar espaço a jogadores que apresentam ética de trabalho e capacidade de evolução, como se nota com Jalen Suggs, Franz Wagner e outros. Richardson, com seu histórico de dedicação, raça dentro de quadra e fundamentos bem construídos, tem potencial para assumir minutos importantes já como novato. Por isso, sua escolha tem tudo para render frutos imediatos.
Por fim, chegamos ao Boston Celtics. Mais uma vez, um dos melhores líderes de front office da liga, Brad Stevens, fez uma nova jogada de mestre. Como de costume com atletas europeus, Hugo Gonzalez não é visto com grande ‘carinho’ por muitos olheiros. Porém, Stevens e o departamento de scout celta não deixaram a promessa espanhola passar.
Inclusive, acredita-se que Hugo já fará parte do elenco na próxima temporada, ao invés de passar mais um ano no basquete europeu, o que diz que ele pode ter minutos significante na rotação ’em reconstrução’ dos Celtics.
O ala ex-Real Madrid é pura energia em quadra: defende forte, corre em transição, enxerga bem a quadra como poucos e compete com elevada intensidade. Além do mais, Gonzalez se encaixa perfeitamente no perfil de atleta versátil e físico que o sistema dos Celtics exige. Sua competitividade natural e maturidade tática devem agradar rapidamente ao técnico Joe Mazzulla, abrindo caminho para minutos regulares mesmo em uma rotação tão qualificada.
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